segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Ressusitando!

Pesso SINCERAS desculpas ao público, e preparem-se para retomar a lida dos novos capítulos de Black Pearl após este enorme hiato!

domingo, 2 de agosto de 2009

Capítulo 18 - Desentendimento

Ele estava agora sentado na cadeira que antes era do seu pai, com as mãos na cabeça, parecia até mais bem cuidado do que quando trabalhava na linha de montagem, esperava agora ansiosamente por alguma coisa. Balançava na sua cadeira e parecia que sua ansiedade ia explodir. Colocava e tirava a mão do telefone, esperando arduamente que ele tocasse à qualquer instante. E finalmente isso aconteceu, num movimento rápido ele atendeu.
- E aí, como foi, o que ele disse? – perguntou de um lado da linha. – mas... eu não posso esperar, aconteceu alguma coisa ruim? – ele se decepcionou quando soube que a pessoa do outro lado da linha desligou, colocou o telefone no lugar e levantou-se, indo diretamente para a janela, ver a linha de montagem, que agora parecia muito maior e mais agressiva. Três toques na porta, fizeram ele virar o olhar.
- Marshelo? Entre... – disse Black, pacificamente
Ele não respondeu, apenas acenou com a cabeça enquanto fechava a porta, parecia maior, vestia agora vestes mais pesadas e com uma grande capa azul nas costas e um símbolo de uma cabeça de um lobo.
- O que devo à sua presença?
- Senhor, você sabe muito bem que essa é minha terceira visita para falar da mesma coisa. Sabes que depois do que aquilo aconteceu, só pensa em vingança, e não vê a qualificação dos membros da sua companhia.
- Marshelo, você já veio aqui três vezes, dito por você mesmo. E esta vai ser a terceira vez que vai ouvir a mesma resposta, já disse que não! Independente das pessoas da minha empresa trabalharem menos ou mais, eu quero uma linha treinada ofensivamente para qualquer momento eu vingar a morte...
- Pare com isso! Você está pensando em você mesmo, não no bem desta empresa, que está presente na vida da minha família a mais de trinta anos! Seu pai já morreu faz três anos, você precisa superar!
- Cale a boca! Nunca perdeste um pai para opinar sobre o que eu devo superar ou não! Se não está satisfeito, saia agora da... – ele parou de falar assim que sentiu um forte soco no rosto e caiu ao chão, sem revidar.
- Bem, não precisa terminar a frase, eu estou indo, e vou com amigos, e daqui pra frente você tem mais um inimigo. Pff, que diria que o amigável Black de cinco anos atrás se tornaria esse lixo vingativo – ele deu as costas sem olhar para trás e continuou seguindo.
- É ISSO MESMO! VÁ EMBORA E NÃO VOLTE MAIS! – Ele se levantou, limpando o sangue na boca e se assustou com a entrada da menina – Hey, Sindy, meu amor, fiquei ansioso.
- O que aconteceu? Primeiro encontrei Stenio, Morgado e Ursão no começo do corredor, eles mal me cumprimentaram, e agora, chegando perto da sua sala, Marshelo passou por mim, indo na direção deles, sem olhara para minha cara...
- Não se preocupe com isso meu amor, são apenas idiotas... – Respondeu Black – mas e aí, como foi lá?
A mulher, desajeitada com a história, deu um jeito de esconder isto debaixo do tapete e continuou a conversa.
- Bem, ele disse que está tudo bem!

- Tudo bem? Como assim, tudo bem com o que?
- Tudo bem com o bebe, sim, eu estou grávida.
Toda a fúria de antes e o sangue que escorria pela boca de Black pareciam agora inúteis, quando tudo se resumiu em um abraço de felicidade e esperança.

[Continua]

Capítulo 17 - Passado

Os dois se sentavam um defronte ao outro agora, um ouvinte, e um narrador, esperando para o começo da história de seu passado.

Numa sala de linha de montagem de armas, no topo de uma empresa, onde, pela janela, dava-se para ver outra enorme linha de montagem de robôs e armaduras. Entrou um homem pela porta principal, com vestes douradas, e três brincos na orelha esquerda.
- Parece que você continua evoluindo mais e mais nisto não é? – aproximava-se agora um Kung mais novo, aparentava ter seus dezessete anos, e sorria como não sorria mais hoje em dia. Ia na direção de um homem sentado que desenvolvia na sua frente uma arma com curvas e detalhes extremamente encantadores. Ele sorriu ao ver Kung, e virou-se novamente para a arma.
- Pois é, segundo meu pai, aqui na companhia não tem ninguém pra mim – respondeu enquanto olhava em volta e via várias pessoas também montando armas, e ao seu lado um outro rapaz, encorpado e um pouco menor. – Hey, não, não. Essa peça não é aí, Marshelo, é do outro lado.
- Não é porque você se dá bem com seus equipamentos, Black, que você tem que ensinar os outros, queridinho do papai. – disse Marshelo, se emburrando.
- Ok, me desculpe, apenas me empolguei com tudo isto – Respondeu o homem chamado de ‘Black’, ainda com um sorriso no rosto e virou novamente para Kung – O que dou a honra de um membro da família dourada vir aqui?
- Você sabe muito bem que apesar de você ficar nos classificando assim, como um príncipe e um plebeu, não tem nada à ver, seu pai também é muito rico, e eu não dou a mínima para as ações da minha família. – respondeu Kung, se emburrando.
- Se não se importasse, não vestiria estas roupas douradas.
- Isto é porque meu pai me obriga, ao contrário do seu que só te mima.
Kung não deixou de notar que Black estava de olho em uma menina morena que sentava à sua frente, também tinha muita habilidade com as armas, não se precipitava em nenhum movimento e fazia armas bem detalhadas também.
- Você não consegue disfarçar? – Disse Kung, estralando os dedos na frente de Black.
- Éhm, desculpe, é que já faz um tempo que estou olhando, pra ela, mas ela não é nada fácil – terminou ele com um sorriso sarcástico no rosto. – o nome dela é Sindy, belo nome.
No mesmo momento, da risada dos dois, a porta se escancarou e vinha correndo na direção de Black um garoto de cabelos longos, barba mal feita, e uma roupa negra.
- HARU! Você não devia estar trabalhando estas horas? Você é o melhor ferr...
- Agora não Black, infelizmente trago uma notícia triste para você. – Disse Haru com uma expressão de medo no rosto. – é Seu pai.
- Sim, o que que tem o velho?
- Ele foi assassinado na sala dele.
Um clima nada legal tomou conta da sala, todos ouviram, e os olhares se direcionavam para Black, que agora permanecia parado e com os olhos trancados em Haru. Ele tentou se levantar e ir até a sala de seu pai, mas Kung o segurou.
- Ver aquilo não vai te fazer bem. – Disse Kung, fazendo um esforço para o rapaz sentar novamente.
- Me largue, eu preciso matar o assasino. – disse Black, fazendo mais força, e liberando agora uma aura vermelha, transportando toda a raiva para os seus olhos, Kung foi arremessado longe, e caiu desmaiado ao chão.
Black já ia se adiantando para correr, quando uma mão gelada segurou a sua, ele se virou, ainda raivoso, como se toda a fúria saísse por seus poros agora. E viu aquela bela mulher, envolta por uma aura azul, e de olhos fechados, recitava.
- Calmiuns Eleptio – Toda a fúria passara, Black agora caiu ao chão em prantos de choro, Sindy o segurava pelo pescoço. – seu pai não gostaria de te ver assim! Você vai sim ter sua vingança, mas agora, se você fizer isso, você só vai enfraquecer sua alma, e isto não vai satisfazer o bicho dentro de você chamado fúria. – Em meio de lágrimas e desespero, ele a beijou, selando ali o que resultaria, mais para frente, no salvador da esperança.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Capítulo 16 - Sangue

(Para a maior compreensão deste capítulo, para os esquecidos, favor reler o começo do capítulo 12)

[ Doze Horas antes da Reunião ]

Vini ainda estava grudado na parede suas roupas se tornavam agora mais avermelhadas por todo o sangue derramado pelas facas que o prendiam na parede. Agora ele acordava, fazendo muito esforço para abrir os olhos, e escutando bem ao fundo daquela enorme dor de cabeça passos bem apressados, a porta da sua sala se abrindo e logo vozes de espanto.
- O que aconteceu aqui? – disse uma voz fina, quase em prantos, Chan se aproximava mais do corpo, que começava a esfriar.
- Afaste-se – Kung chegava da jornada no deserto, ainda com as mesmas vestes e com o suor no corpo, afastou Chan para o lado, que também vestia roupas sujas da batalha que acabara de acontecer. Kung fez apenas um sinal como se mandasse as facas se retirarem, e elas apenas caíram no chão, como pedras. Ele segurou o corpo de Vini e pediu para Chan puxar uma cadeira para acomodar a vítima. – Goro Bijutsu, Seinaru Chiyu (Cura Divina) - recitou, com as mãos sobre o peito de Vini. Mas nada acontecera, as feridas continuaram abertas e ele continuava liberando sangue. – Chame a Marcela aqui, rápido.
- M... Mas, ela está ocupada, cuidando de Mariel e Will, tirando o vírus dos dois. – Chan respondeu meio desconscentrada com a cena que via agora na sua frente.
- P... pai. – Soltou Vini, pelo canto da boca.
- Não diga nada... – Kung segurou Vini pelos ombros enquanto ele se esforçava para levantar.
Uma aura vermelha começou a surgir do corpo de Vini, e suas mãos foram parar na gola dourada das vestes de Kung, ele segurava com muita raiva, e com os olhos também vermelhos.
- M... meu... Pai... Vivo... – Vini se esforçava para falar. A Raiva estava aumentando, Vini começava a rasgar as vestes de Kung.
Kung ficou meio que descontrolado, seus olhos não pareciam estar concentrados, mas com esforço ergueu as mãos e colocou sobre a cabeça de Vini e recitou:
- Kyuu Bijutsu, Resto (Arte número nove, descanso.) – Os olhos de Vini se fecharam rapidamente e a sua energia agora não podia ser mais sentida, mas ele ainda respirava, Kung novamente usara a arte da Cura, e agora funcionava, parecia que o que bloqueava era aquela aura que antes circulava o corpo da vítima.
- P... Pai, ele disse pai, é verdade Kung? – Disse Chan, que agora agarrava o braço de Kung desesperadamente, mas ele não tirava os olhos do homem que agora descansava à sua frente. – Me diga – Chan agora soltava lágrimas.
- Se for verdade, o meu maior medo se concretizou. – Disse Kung, levantando-se e levantando a garota que agora se recompunha – Queira nos dar licença, tenho que ter uma grande conversa com ele, peça para Marcela te dar algo para acalmar.
- Mas, eu quero ficar aqui com ele. – Disse Chan chorando e abraçando Kung. Passou um tempo e ela começou a enxugar as lágrimas – Faça o que puder para mante-lo a salvo, prometa-me? Que nunca vai deixar ele sozinho, por mais que ele se faça de valente eu sei o quão só ele é, e o quanto ele precisa de você.
Kung apenas colocou a mão sobre os ombros da menina e lhe lançou um olhar sincero. Ela compreendeu, e saiu da sala ainda olhando para o sofá onde o amado se encontrava agora todo esticado, com o corpo já sem rastros de sangue, e a porta foi se fechando a medida que ela se afastava.

Os dois estavam deitados em macas separadas, do seu braço saia um tubo que eliminava todo um líquido verde amarelado, e do outro entrava um sangue que de início parecia humano, mas a atenção não era para os dois, e sim para uma menina que finalmente parara de soluçar, e estava circulada por no mínimo dez pessoas, e Marcela, que revezava entre ouvir a conversa e cuidar dos pacientes.
- Como assim, esfaqueado na parede? – Perguntou um gordinho do lado de Chan, que agora segurava as mãos dela;
- Não sei Noronha, não sei, ele sangrava muito, Kung cuidou dos ferimentos. – respondeu a menina para o garoto gordinho, que agora estava ao lado de um menino muito agitado, Swat, que também parecia preocupado como todos ali.
- Que bom que ele já está curado, o importante agora é saber quem conseguiu entrar dentro da companhia, desde a minha época é um dos esquemas de proteção mais revisados que já conheci – Disse Marshelo, que estava agora na frente de Morgado, Stênio e Ursão, que já pareciam estar completamente curados da luta do deserto.
- É mesmo, - disse Marcela, passando por todos levando uma água com açúcar para a menina sentada. – Isso aqui é muito seguro.
- Bom, se não se importam, eu vou descansar um pouco – levantou a menina ainda soluçando um pouco – cadê o resto do pessoal? Não são curiosos o suficiente, acho que Ramon pelo menos queria saber qual a situação de Vini.
- Eles estão em complicações maiores em regiões Geladas – Disse Fernandinho que agora chegava rápido com um Lap Top em mãos. – Creio que precisam urgentemente de um juiz para ajudá-los.
Como uma onda de água formando um redemoinho no ar, Koboud apareceu.
- Eu vou, já faz tempo que não encaro uma briga, só espero que tenha alguém do meu nível lá. Bom, por aqui já deve estar tudo bem, temos dois juízes, aliás, um e meio né. – a maioria riu, menos Chan que agora se dirigia ao dormitório – bem, foi só uma brincadeira, Chan... CHAN. Ah deixa quieto. Bom, eu vou lá, volto com eles logo logo.
- Ah é, Koboud, traga também os dois capangas, eles são nossos, Ramon e Nick foram enviados para lá só para coletar o sangue congelado de mamute, e serem avaliados por Fenrir e Te.
- Ah, claro. Bruno, precisarei de duas naves então! – Acenou para o menino que agora estava do lado de Evelyn, ali também para ouvir do acontecido, ele apenas confirmou com a cabeça.

Ele recuperou a conciência, e se sentou assustado.
- Acalme-se, você quase morreu rapaz – disse Kung, com um sorriso.
- Tudo bem, devo retribuir esse sorriso, ou ir direto ao assunto? – Respondeu Vini com certa rispidez
- Espere, pegue uma bebida, temos muita conversa pela frente, eu irei te contar tudo sobre o seu, o meu, e o passado desta companhia.
Vini sorriu, abaixou a cabeça e abriu a garrafa do que parecia ser um suco de uva mais escuro, esperando agora Kung começar sua história.

[ continua ]

sábado, 11 de julho de 2009

Capítulo 15 - Reunião

Fenrir se esquivava feito um lobo entre o gelo, mas agora sentia um pouco de dificuldade para se livrar dos ataques do grande dragão que parecia mais rápido e mais forte à cada instante. Ele colocou suas garras em forma de estrela pra fora das mangas e às arremessou contra o dragão, nada acontecera, só deixara o dragão com mais fúria e fazer com que viesse cada vez mais rápido, Fenrir mal percebera e os dois já estavam no campo de batalha onde Ramon e Te estavam brigando, para a surpresa de Fenrir, Te estava ao chão com as roupas todas rasgadas, enquanto Ramon estava de pé e carregava sua grande metralhadora as mãos. O Sorriso em seu rosto durou por muito tempo, agora olhara para o grande dragão.
- Ramon – Fenrir se aproximava – se afaste!
- Hey, espera, como sabe meu nome, e... você não é meu inimigo? Cade o Nick? Este dragão, é traço de sua família – mal acabou a frase e percebeu que Fenrir não iria lhe responder agora, os dois tentavam correr mais rápidos que o dragão. – Espere, vou dar um jeito nisso.
Ramon se posicionou no meio do caminho, muito rápido, apontou sua pistola para o dragão, e recitou alto e claro, soando por todas as paredes geladas : ‘CANON BLAST!’ o ataque branco fulminante disparou-se rapidamente contra o dragão, formando uma grande fumaça de gelo destruído pelo tiro.
- Hehe, isso é pouco do que eu sei fazer – disse Ramon se virando e olhando para a cara de assutado de Fenrir – O que foi? Não foi tão bom assim, não é? Aaah, vai, pare de me engomar...
- Cale a boca, não é isso, olhe! – Fenrir apontou para a fumaça e os dois viram o dragão saindo ainda mais furioso do meio de toda aquela bagunça. Por mais que o dragão fosse uma invocação, dava agora para ver suas veias saltando pelos olhos e por todo o rosto. Ele ia se preparar para mais uma investida, quando ecoou por todo aquele lugar um assobio.
- Titiu! Isso é feio, atacar os outros. – Viram um jovem de vestes azuis aparecendo por trás de Fenrir e Ramon. Era Koboud, com um cajado de alumínio na mão e uma esfera de safira na ponta, que refletia o espaço de gelo em volta. – Ei, Rex, é você aí mesmo, agora chega, está na hora de voltar pra casinha! – sorriu Koboud.
O Dragão o atacou com uma rápida bola negra de energia que mais parecia um buraco negro, antes que o ataque se aproximasse de Koboud, este já estava com o dedo levantado e dizia mais uma vez sarcasticamente:
- Rex, já te disse que não é bonito machucar os outros – a bola parou bruscamente e voltou contra o dragão, que caiu para trás e começou à se desintegrar. – Isso, volte pra casinha! Ah, Fenrir, Ramon... – continuava ele como se nada tivesse acontecido – quem bom que vocês estão bem!
- VOCÊS!? Este Fenrir é um contaminado, ele estava lutando contra Nick.
- Deixe de ser lento Ramon, Fenrir é apenas um enviado nosso para verificar como estão indo o treinamento de vocês, ele e aquele outro, o Te, aliás, cade ele?
- Ele e Nick estão deitados ali atrás – Apressou-se Fenrir em responder
- Muito bem, voltem para a base, Vini apenas cansou de brincar e quer marcar uma reunião geral com todos os membros da associação, o Mupy-97 os espera ali atrás, vão se apressando enquanto eu vou buscar os outros dois, caídos.
- Ok! – disseram os dois rapazes, juntos.

[ Depois de algum tempo, na base S.M.R ]

Todos agora se reuniam em volta de uma grande mesa, na ponta superior localizavam-se os três juízes, Vini não sorria mais, nem ele, e nem aqueles ao seu lado, parecia que alguma coisa tinha acontecido. Agora com mais membros do que na primeira reunião. Aquele painel onde se posicionavam os membros da companhia em melhor desempenho agora parecia parado, toda aquela ‘brincadeira’ parecia ter acabado.
- Bom, já que todos estão aqui agora, primeiro queria agradecer a volta de Marshelo à nossa companhia – disse Vini abrindo um sorriso e logo o fechando, evitando particularidades – que trouxe um grande reforço para gente, e também à Fenrir e Te, que até agora está na enfermaria, junto com Nick, Marcela está cuidando dos dois. Também conseguimos recuperar completamente a consciência de Will e Mariel, que estavam contaminados pelo vírus – disse novamente sorrindo rapidamente para os dois - Mas estamos reunidos aqui por apenas um motivo meus amigos! Não é um motivo bom, com certeza. Muitos vão se perder, muitos vão desistir, e até mesmo outros não vão resistir. Mas eu acredito que depois de algum tempo junto já temos forma o suficiente para seguir nisto. A única coisa que eu quero dizer agora é que : A brincadeira acabou, é agora que a grande guerra vai começar.
A frase ecoou por todo o salão e um enorme silêncio tomou conta de todos ali, eles se entreolhavam e achavam estranho essa única reação, porém, quando um deles iria fazer uma pergunta, os três juízes se encaminhavam para fora do grande salão, deixando a frase solta no ar. ‘É agora que a grande guerra vai começar’

[ continua ]

domingo, 5 de julho de 2009

Capítulo 14 - Orgulho

O dragão branco que agora ia de Nick em direção à Fenrir, se mesclava com as cores daquele brilhante gelo que completava a paisagem da luta entre os dois Homens. Fenrir era muito menor que o tal dragão, mas o seu sorriso permanecera no rosto enquanto o dragão vinha em direção à ele. Tal feito se confirmou quando o dragão chegou cara a cara de Fenrir, ele desaparecera por trás da imagem branca do animal, e reaparecera por cima lançando várias laminas em pontos certeiros, estes pontos formavam uma estrela nas costas do animal.
- Fúria do Demônio estrelar – Fenrir recitou enquanto a estrela brilhava e iluminava todo o lugar onde estavam, em pouco tempo o dragão foi se desfazendo como se cada parte deste fosse incendiada por uma multidão, logo o grito que o animal soltava foi sumindo entre os ecos das paredes frias.
- O que fizera com ele? – indagou Nick assustado.
- Você acha mesmo que eu iria lutar com você sem ao menos pesquisar pelo seu passado? Eu conheço sua família e suas técnicas à muito mais tempo do que você imagina garoto!
- Não me importa, ainda tenho mais 8 dragões cada vez mais fortes para derrotar você! – disse Nick desesperado, com a fúria nos olhos.
- Você sabe muito bem que com a idade que você tem não consegue controlar nem ao menos o terceiro dragão! – disse Fenrir rindo, e parecia preocupado com o Garoto.
- Não controlo?! ISSO É O QUE VEREMOS! - Nick posicionou as mãos em cima do pergaminho, e desta vez não só um círculo se acendeu enquanto ele recitava o poema, mas dois, um branco e um negro, e daqueles dois saíram grandes dragões, maiores que o primeiro, estes agora tinham garras por todo o corpo, e nas patas, as unhas se fechavam em grandes espadas, os dois dragões tinham a pele espelhada e muito bem polida, eles se trançavam no ar, eram gêmeos, era como se um fosse o contrário do outro, um era branco de olhos vermelhos, e o outro era negro de olhos azuis. – apresento-lhe os dragões irmãos: Hate e Pain (Ódio e Dor).
Aqueles dragões apresentavam movimentos sincronizados, sempre flutando como se fossem duas leves e lindas fitas que cobriam aquele cenário. Fenrir agora em vez de sorrir, parecia preocupado, mas não uma preocupação em relação à seu estado naquele momento, mas os dragões no céu apagavam a imagem de Nick atrás deles, que fazia um grande esforço, e gastava uma grande energia pra controlar os dois, que agora vinham na direção do homem das garras. Fenrir precisou de só alguns movimentos para derrubar apenas um dragão, e decorrendo disto, o outro também caiu ao chão se resumindo em pó.
Fenrir agora se aproximava do garoto, com um ar de preocupação.
- Pare com isso, você já está completamente sem forças, já vira que não tem chance contra mim, acredite em mim, pelas histórias que eu conheço de seus descendentes, nenhum dele conseguiu controlar além do sexto, e acredito que os únicos que me derrotariam seriam o sétimo, o oitavo, o nono e o décimo.
- É por isso mesmo! – disse Nick agora apoiando o cotuvelo ao chão para se levantar, com muito esforço – Eu preciso impressionar meus ancestrais, e mostrar pra eles que ... – Enquanto falava trazia o pergaminho pra perto de si. – eu posso ir além – colocava à mão em cima do terceiro círculo – do que eles foram!
Neste momento Fenrir tampara até os olhos, era uma luz muito forte e intensa, porém a luz fora se apagando, revelando uma cortina de fumaça azul, e meio fosco, a imagem de um grande pilar, que foi se identificando em um grande dragão azul marinho, com olhos vermelhos, Nick estava desacordado. Fenrir, parecia preocupado até demais, e agora se aproximava do dragão e tentava se comunicar.
- Ele não sabe o que fez, ele gastou toda a energia.
- Por mais que o trato dos descendentes Wuo, e dos grandes dez dragões seja antigo, uma coisa é clara: Depois de libertado, um dragão deve permanecer neste plano até ser mandado de volta ou até ser derrotado. E meu amigo, acredito que aqui só temos uma opção: Você me derrotar!
O Dragão ia contra Fenrir agora, seu poder parecia imensuravelmente maior do que os dos outros três já invocados, este agora não tinha controle sobre si mesmo, e atacaria à todos que aparecessem em sua frente, Fenrir se posicionava para batalha, o que seria uma grande batalha.

Continua


Desculpem a demora.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Capítulo 13 - Três Garras, Nove Dragões.

Fenrir movia-se com passos rápidos, as três garras desenhavam no ar como se este pintasse uma obra clássica, o que mais espantava Nick era a calma e o sorriso cínico do adversário. Nick até aquele momento da luta apenas esquivava dos golpes, mas mesmo assim, alguns ainda deixavam rastros em sua roupa. O chão to local era de uma geleira muito seca, fazendo com que cada passo, ou salto que os dois davam, uma certa quantidade de pó de gelo subisse, dificultando a visão de cada um.
- Mas me diga, vamos ficar nisso até quando? – disse Fenrir.
- Bom, estou só me divertindo – sorriu Nick – mas se você quiser, posso acabar com isso agora.
- Bem, acho melhor eu encerrar a batalha, porque perder para um pirralho como você, seria uma vergonha para a grande família dos Uivadores. – Fenrir colocou-se em uma posição reta, distanciava-se uns dez ou onze metros apenas de Nick, tirou a capa das costas e agora tinha ao corpo só sua armadura leve. – acho que não vou precisar mais que isto aqui: - as veias do seu braço começaram à ressaltar, o olho avermelhando junto com as garras de sua luva, que agora pareciam banhadas à sangue. A pele agora continha mais pelos, e os seus caninos estavam maiores e mais volumosos.
- Ah, eu acho que você ficava melhor do outro jeito mesmo – antes que Nick pudesse sorrir, a garra de Fenrir havia cortado o seu braço, por pouco não tinha lhe ferido logo o peito, apenas por ter desviado. Levou a mão no ferimento e fez uma expressão de dor. – bom, temos que começar a luta então não é? – as mesmas mãos sujas de sangue foram levadas por de baixo do manto preto, retirando um Nunchaku meio acinzentado. Antes que começasse à atacar, Fenrir já estava à sua frente, pressionando-o rapidamente com as garras, dando passos cada vez mais violentos para trás.
A luta parecia estar favorecendo cada vez mais Fenrir, os panos pretos que cobriam o corpo de Nick agora estavam quase todos cortados pelas três lâminas, e rastros de sangue pelo chão era o que não faltava. Em uma brecha, Nick acertou o Nunchaku na cabeça de Fenrir, o que o fez cair rapidamente ao chão, o menino pulou por cima deste e começou à desferir socos feito um louco. Parecia que todo o sangue que Fenrir tinha lhe tirado até agora, saia pela boca do Uivador agora. Não demorou muito e os olhos dele começaram à ficar mais vermelhos ainda, as garras maiores, e os pelos dominavam mais ainda o corpo. Não precisou mais de um soco para Nick voar uns dez metros longe, e Fenrir estar completamente renovado, cuspindo sangue, depois de levantar.
Nick se levantou com muito esforço, com muitas dores no corpo. As feridas expostas a aquela temperatura, lhe causavam mais dor ainda. Já em pé, porém com as pernas bambas, começou à rir, e a dizer:
- Você percebeu que desde o começo da luta eu ainda não usei nem uma técnica? Usei todo este tempo para concluir seus pontos fracos, seus passos e seus ataques mais constantes. E é claro, pra concluir que você é um lobisomem. – Nick rodou o cinto para frente, destacando um pergaminho de médio porte e colocou-o ao chão, abrindo-o completamente. – bom, vou começar mostrando uma antiga técnica da família Wuo, por enquanto, nada demais. Fenrir em vez de reagir, sorria do outro lado da batalha, como se estivesse se divertindo; – No pergaminho constavam nove círculos vazios, cada um possuía um contorno diferente, Nick posicionou a mão sobre o primeiro círculo da esquerda pra direita e recitou: - Ensimmäinen lohikäärme, valkoinen ja silmät, omistajan raivo! Putkahtaa esiin kuningaskunnan yhdeksän lohikäärmeitä, ja tuo minulle kaikki vahvuus! (Traduzindo do Finlandês: Primeiro dragão, aquele dos olhos brancos, o dono da fúria! Ressurja do reino dos nove dragões, e traga para mim toda sua força!).
Aquele primeiro círculo que era vazio, agora se preenchia com o símbolo 怒り(Kanji de “Fúria”) formava agora uma grande aura branca, nove ou dez vezes maior que Nick. Começava então à dar formato às asas, ao grande pescoço, aos olhos brancos com a pupila negra e o corpo cheio de placas que refletiam a aurora do gelo.
- Conheça meu animalzinho, esse é o Fúria, o primeiro grande dragão da família Wuo.
- Ah vamos lá, é só mais um dragãozinho, enfrentei muitos desses por toda minha jornada, novato – retrucou Fenrir.
- Derrote este, e enfrente mais oito: com poderes e experiências muito maiores que este mesmo. Acho melhor desistir aqui, ô peludo. – riu Nick.
- Jamais. – Fenrir mostrava ódio na expressão, como se sua ambição de vida agora fosse destruir aquele dragão e o seu dono. – Sinta o ódio das lâminas sangrentas!
- Fúria Branca! Attack ja tuhota tämä mies! (Tradução: Ataque e destrua este homem!) – a voz de Nick ecoou por toda aquelas paredes de um seco gelo, que agora era abrigo de uma grande luta, de grandes homens, com grandes poderes.

[ continua ]

Calma galera, Capítulo 14 - dia 16/05, agora sem atrasos :)
COMENTEM POR FAVOR!
(só demorei pra postar assim porque não vejo a galera comentando :'/)